Central Park

Férias. Merecidas e curtas férias. Podia mentir, dizendo que amava ficar em Hogwarts. Mas simplesmente detestava o regime maldito de igualdade de lá. Ela não era como os demais. Natalie e Bella Vernon eram especiais e deviam ser tratadas aquela maneira. Odiava não usar o Ravenclaw e o Slytherin, mas o quê importava era o sangue que corria pelas suas veias. Dramático, sim, mas era assim que pensava. Enquanto ficava cheia de deveres, aguentando professores tediosos e alunos estúpidos, podia estar no Central Park, inacreditavelmente vazio, com seu belo dragão, Death, e a sua irmã que devia ser uma das únicas pessoas que a entendia. Nem seu pai, Christian! Mas Megan e Bella sempre estaria ao seu lado, talvez até mais sádicas que a veela. Riu.

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Deu um sorriso malicioso para a irmã, se limitando a subir no seu dragão, que ainda era um bebê e acaricia-ló. Um Rabo Córneo Húngaro... quando o soltava trouxas desapareciam e casas eram queimadas e destruídas mas aqueles sangue ruins mereciam. As férias eram curtas, mas pareciam longas e muito divertidas em Nova York, onde ela podia fazer de tudo. Mas logo teria que voltar, fazer deveres cansativos de Feitiços e dormir na aula de Transfiguração. Até que se lembrou de algo...
- Solte-o. Death fará companhia. Que matérias irá cursar nesse quarto ano? Com certeza não cursarei Estudo dos Trouxas. Ah, recebeu... isso?
A garota colocou a mão no bolso, procurando, e depois de tirar papeis e doces, dinheiro bruxo e trouxa, achou a insígnia de monitora, mostrando que ela era uma verdadeira Sonserina. Fazer o quê... ela era da família Slytherin! Megan, a Lady das Trevas e mãe das garotas fora monitora, e o pai fora monitor de Corvinal... algo óbvio.

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Realmente a escola não importava. A escola era um lugar cheio de sangues ruins, ralé, que não mereciam ter a honra de olhar para elas, herdeiras de Ravenclaw e Slytherin, com o sangue mais puro que já deve ter existido, com dons hereditários que até mesmo o cadáver podre e nojento do próprio Dumbledore. Ambas meio-veelas, ofidioglotas, clarividentes e avaradoras. E Natalie ainda tinha nascido com um dom a mais que sua irmã, era ocluadora. Por isso tinha um animal que sempre estava no ar, por quê gostava de sentir o seu elemento. O vento de repente ficou selvagem, e os cabelos das duas garotas balançaram.
- Eu ia ser batedora se não fosse apanhadora. Você já está no time... - deu uma piscadela amigável
A garota sentou-se na borda da fonte e pousou seus pés na água, fechando os olhos. Ouviu barulhos, trouxas chegando? Abriu os olhos, os mesmo faiscando e deu um largo sorriso, acariciando Death. O deu um olhar significativo e uns tapinhas em suas costas e ele alcançou voo. Um pouco depois, o vento parou.
- As vezes queria deixar o colégio. Cheio de sangue ruins... mestiços imundos de veias imundas... até a nossa casa está infectada. Levarei Death. Pensei em deixa-ló na Câmara Secreta para fazer uns passeios pela noite
Gargalhou e estalou os dedos, procurando Death no céu e satisfeita ao não encontrá-lo.

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Natalie era uma pessoa cheia de segredos. Na frente dos colegas era cruel, zombeteira e sacana, sempre se metendo em brigas. Bella e os colegas eram os únicos que sabiam a sua verdadeira personalidade, que a graça veela, a aparência angelical e a voz doce escondiam. Para os pais, professores e outros adultos ela era uma garota adorável. A falsidade era boa. Todos sabiam como Bella era e isso as vezes trazia problemas, Bellatrix ficando de castigo ou ficando sobre suspeitas. Enquanto isso a alegre e boazinha Natalie podia ser liberada para ir ao curso de artes. Onde ela soltava Death para o mesmo fazer estragos. Somente Bella sabia quem era Natalie de verdade, e as conversas sobre morte e destruição eram feitas por língua de cobra. Como aquela vez, em que a garota viu quem um avião trouxa ia cair. O ministro da magia, junto com o primeiro ministro podia impedir. Mas Natalie ficara de boca fechada. Clarividência? Claro que faria Adivinhação. A ocluação somente Christian e Bella sabiam, já que consideravam ocluadores perigosos. Mas a avaração das veelas era um segredo guardado a sete chaves pelas duas. Suspirou tristemente, lembrando-se que todos sabiam que Bella era metamorfomaga. Mas era um dom muito útil...
- Queria deitar, mas é melhor irmos...
Afinal, já conseguia ouvir alguns gritos. Locais pegando fogo e corpos desaparecidos, mas o sangue derramado era o que Death e a acromântula de Bella traziam. Não queriam ser pegas na cena do crime. Os bichinhos sabiam onde encontrá-las. Com isso, saiu com Bella do local.

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